Calatrava nas origens
Uma viagem à Cidade das Artes e das Ciências
O arquiteto e engenheiro valenciano Santiago Calatrava, inspirado nas formas orgânicas e assimétricas, projeta uma arquitetura contemporânea inovadora e tecnológica. Reconhecido mundialmente pela sua marca arquitetônica, através de elementos estruturais referenciados nos sistemas estruturais humanos e da natureza, propõe edificações que desafiam a gravidade e a engenharia.
Além disso, o arquiteto engenheiro busca trazer dinâmica e movimentação para as edificações através de elementos móveis, evidenciando ainda mais as forças estruturais e proporcionando experiências únicas e incríveis. Valência, sua cidade natal, hoje é bastante conhecida por abrigar diversas obras do arquiteto, onde turistas do mundo todo viajam para vivenciar a genialidade do arquiteto.
Nascido em Valência dia 28 de julho de 1951, Calatrava licenciou-se em arquitetura em 1974 e mudou-se para Zurique para estudar engenharia civil. Licenciou-se em engenharia em 1979 e concluiu seu doutorado em 1981.
Um dos trabalhos mais marcantes do arquiteto, foi o projeto da Cidade das Artes e das Ciências em Valência. Sua sensibilidade e conhecimentos arquitetônicos engenhosos contribuíram para materialização deste espaço que além de contar com edifícios culturais e artísticos, também formam uma praça pública muito agradável e acolhedora.
Fotografias de Sara Oleiro durante sua viagem à Valência em Novembro de 2019.
L’Oceanogràfic
Além do grande arquiteto Santiago Calatrava, Félix Candela também projetou alguns edifícios do Complexo. Tudo começou em meados dos anos 80 quando um professor de história da Universidade de Valência, José María López Piñero teve a ideia de construir um espaço composto por diversos edifícios com os usos destinados às artes e às ciências, reunindo conhecimento e entretenimento para a população de Valência e também para gerar um polo de turismo.
Joan Lerma foi quem apoiou a ideia do professor José e então começou a projetar o complexo, os primeiros desenhos foram: a torre de comunicação, o planetário e o museu.
Após críticas da oposição alegando que o projeto seria apenas para enaltecer o poder do atual governo, Lerma decidiu chamar o arquiteto Calatrava para dar continuidade. O arquiteto que assumiu o projeto, manteve dois edifício originais fazendo algumas alterações de projeto e abortando a ideia da torre de comunicação, que foi o foco das críticas anteriores.
Influência da luz – padrões rítmicos visuais
El Puente de l’Assut de l’Or
L’umbracle Museu das Ciências Príncipe Felipe
Foi neste contexto que Calatrava convidou Félix Candela para participar do projeto. Hoje no total o complexo da Cidade das Artes e das Ciências conta com oito edifícios distintos, mas que compõem através da mesma linguagem arquitetônica um belíssimo centro de entretenimento, cultura e conhecimentos.
O projeto de 350.000 metros quadrados mostra a marca do arquiteto Santiago Calatrava, aqui uma arquitetura modernista com um toque de futurismo.